Casas Noturnas

20 anos à frente das principais casas noturnas de Brasília

Quantas casas noturnas? Desde quando? Quantos shows?

Em 1998, iniciei essa atividade de Direção aos 31 anos na casa noturna Palace Music, localizada no anexo da boate Palace da extinta Academia de Tênis. O dono se chamava Paulo e o gerente, recém chegado do Rio de Janeiro, era o DJ Rômulo. Entre os destaques da programação que lá desenvolvi por três meses, destacaria os shows de BSB Disco Club, Dois de Ouro com o ainda brasiliense Hamilton de Hollanda acompanhado pelo pai e irmão e o show solo do gaitista Flávio Guimarães da banda carioca Blues Etílicos.

Na sequência, vieram em 1999 as lendárias temporadas da BSB Disco Club no Gate’s Pub dos camaradas Sergio Rezende e Rubens Carvalho, os projetos e diversos artistas que sugeri para Gustavo Gazeta e Roberto Anhezini no início das atividades do Music Hall, que depois viraria UK Brasil para retornar ao UK Music Hall dos dias atuais. No verão de 2000, empreendi na boate Lizard Lounge o projeto BSB Disco Club Convida, que aliás, iniciou a série de projetos … Convida na capital do Brasil. A partir de 2004, entrei para o time do UK Brasil até 2012, me responsabilizando não só pela programação musical, como a assessoria de imprensa e projetos fonográficos especiais.

Em paralelo, nos anos 2007/2008, o simpático Rayuela Bistrô através dos seus queridos proprietários, Juliana e Flávia Monteiro e Guilherme Brady, praticamente, me confiaram a criação e produção de eventos musicais em seu subsolo musical. Ali, destaco a gravação ao vivo do cd da banda Another Blues Band e do DVD de Rafael Cury e Another Blue Band, além do sprojetos Rock é Rock Mesmo com uma super safra roqueira brasiliense e shows especiais como do alagoano Wado, da carioca Patricia Mellodi, entre outros lançamentos fonográficos.

Já em 2012, a convite do grande Jorge Ferreira, amigo, poeta e empresário; assumo, gradativamente, a gestão cultural das suas 12 casas noturnas. Inicialmente, gerenciando a programação musical de 6 casas, para em seguida, a partir de fevereiro de 2013, expandir as atividades para as áreas de comunicação e promoção. Precocemente, Jorge nos deixou em 2 de julho de 2013 e cá ainda estou ao lado dos filhos e da viúva Denise, há sete anos e meio, dando prosseguimento ao seu legado e cujo último relato escrito em 1º de agosto de 2019, dizia assim:

8 anos de música entre GRV e Bar Brahma

Em 15 de fevereiro de 2020, escrevia assim: “ GRV e Bar Brahma: 7 anos de música ao vivo”. Em torno da comemoração anual dos serviços realizados em prol da música ao vivo do Bar Brahma, peguei o blog escrito nessa mesma época no ano passado para renovar números, atualizar contextos e projetar o futuro.

Após, mais 365 intensos dias, os novos dados são:

1. 1902 dias de música ao vivo, ou seja: 6570 horas de sons e imagens;
2. 93 grupos músicos/ bandas já passaram pela varanda mais musical da asa sul;
3. Mais um Reveillon e Carnaval bem sucedidos, além de uma segunda Copa do Mundo, onde o Brasil, novamente, adiou o “sonho do hexa”

Já o octo da GRV no Bar Brahma está prestes a se concluir no próximo dia 1º de agosto. Para celebrar 7 anos e iniciar o octo, nada mais esperado que novos temas, atrações, além de resgatar um dos projetos mais bem sucedidos ao longos dos últimos 7 anos. As dificuldades econômicas, anualmente, se revelam como o maior desafio para qualquer empresário, trabalhador e cidadão brasileiro. Diante dessa surrealidade, pergunto: “só o som salva”? Certamente não, mas ao respeitar desde 1º de agosto de 2012, os acordos e direitos junto aos músicos, autores e artistas que nos alegram e emocionam, só me resta agradecer, eternamente, a oportunidade e a confiança de todos que aqui estão para perpetuar a obra do querido Jorge Ferreira. De minha parte, a contribuição tem sido assim: concepção, programação e gestão. Assim, temos colhido resultados, que como tudo nesse país, variam a cada estação. Porém, se chegamos até aqui é porque nos mantemos positivos e operantes, conectando gerações a partir de permanentes emoções.

Com as dificuldades deste setor se aprofundando em diversos níveis “como nunca antes na história desse país”, cá estou para agradecer como sempre, atualizar números e dizer que a luta continua sem data para terminar e com uma programação de dar “água na boca”.
Sobre os números atualizados? 2267 dias de música ao vivo, ou seja: 7665 horas de sons e imagens.
Passados 20 anos, felizmente, divertimos muito.

Que venham o palco e a plateia.