Pensando sobre a noite de ontem [10|8] no UK Music Hall, quando ocupamos um “sábado a noite” em sua disputada programação, finalmente ou inicialmente, posso afirmar que “os embalos disco, funk, soul” estão de volta ao seu legítimo DNA, e quiçá, ao seu lugar.
Quando me refiro ao DNA, é porque após quase um ano de reestruturação, reencontramos a emoção ao emocionar. Ainda que me impressione com a ditadura dos likes dos dias atuais e a ausência dos sentidos em um momento de conquista no triângulo que envolve artista, público e local, quando resolvi expor o DNA da BSB Disco Club, novamente.
Que DNA é esse? Alto astral, para fazer as pessoas serem felizes, dançando e cantando, de forma personalizada e emocionada, através as sonoridades e paisagens do leme ao pontal com escala na Motown.
Sou das pistas e dos palcos e confesso que juntar pessoas qualificadas para essa missão e conectadas com essa linguagem de forma criativa, não competitiva e “pra frente” é um desafio em qualquer parte do mundo, imagina aqui em Brasília, há 1 km de distância de um armador cafona, careta, sem graça e fanático.
Mas se em Detroit nasceu a Motown, porque não poderíamos renascer, repaginados e renovados, em plena capital?
Agradeço a essa simpática formação que entendeu o feliz e animado DNA que carrego comigo há quase 25 anos abordo da BSB Disco Club e que flagrantemente, serviu de modelo para a diversão da noite dessa cidade.
Agradeço ao camarada Gustavo Gazeta, que nos recebeu e concedeu após 8 anos de hiato em seu bem estruturado pub, em dia com os músicos e fornecedores, em plena era de “portas abertas” para a música, com uma super recessão para muitos e privilégios para pouquíssimos.
No dia dos pais, um brinde a paternidade e ao futuro do seu do meu e da nossa origem e essência.
Que venha 23 de agosto, sexta feira, 22h no UK Music Hall again.
Nosso DNA estará lá, afinal como diria o poeta “dance bem, dance mal, dance sem parar”
Musicalmente
Gustavo Vasconcellos
